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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Joseph Dé-Jacques, 'o anarquista esquecido'

Joseph Dé-Jacques, 'o anarquista esquecido'...
Anarquista antes do termo existir... 
Figura estranha e sofisticada...
Defensor da autonomia social feminina
Entre revolucionários menos igualitários...
Prenunciador do óbvio,
A impossibilidade de qualquer república...
A inevitabilidade dos golpes de estado...
E um futuro sem dinheiro...
Mais uma cabeça convenientemente esquecida...
Mesmo pela crítica contemporânea...
E também por ser poeta...
Essas pessoas incompreensíveis...
Por errarem sempre sozinhos...
Por quererem falar com beleza...
E sonharem coisas que não se pensam...
Já sei, já sabemos...
Não existem heróis nem mártires,
Apenas as maiores personagens da história...
Que não ficaram nos livros...
Vai mostrar o tempo...
Que até a desesperança dos humilhados
E mortos de fome, não tinha razão...
Esteve tudo do jeito que teve de estar...
Nesse mundo em que as pessoas recusam a verdade...
Nem mesmo por inconsciência...
Mas por simples escolha...
Escolheremos apenas como caminho...
Palavras que mais adiante
Descobriremos erradas...
Deixaremos os poemas se desfazerem...
Breves, contraditórios e impublicáveis...
Como a própria condição humana...
Imatura pra ouvir, pra dizer...

terça-feira, 15 de março de 2016

No estouro do grito a raiva que se dilacera,
no desborde da pressa que se impõe,
e à margem do medo, latente:
o colo da atenção pura,
ante a possível ausência de perspectivas;
Integridade, como luz repousante
inclinada a manter os braços abertos,
que pergunta - o que nos sobra?
E reencontra o diálogo,
como se por acaso...

sábado, 14 de março de 2015

Contra-Nativismo

Contra-Nativismo

Não valorizo bombacha nem espora
mas entendo o olhar do paisano
carregado de um tempo findo

Homens e cavalos sonhando juntos
por campos de cor, sem soja
por ventos de aroma, sem pó

A grande verdade nativista é a terra
e a vida cercada de essências
o resto é coisa dos homens...

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

quando você enfim realizar seu grande feito
talvez perceba que aquilo era apenas uma parte
e se lembre dos tantos outros sonhos antigos
que obscuramente vagavam em sua memória

e quando tiver conquistado mais e mais ainda
talvez perceba o canto de outra satisfação
que sutilmente persiste em se fazer buscada
aquém de tudo o que se encontra nesse mundo

quem sabe então finalmente entenda
meu olhar quieto e minha voz pequena
no rosto de uma dessas pessoas simples
que se sentam em silêncio durante horas

eu fui aquele que sumiu do mapa, lembra?
convicto de uma liberdade maior...

terça-feira, 22 de julho de 2014

Desistir de um desejo
Deixar outra emoção
E redescobrir a vida
Na estrada mais sutil

Ainda vou sumir da dor

sexta-feira, 11 de julho de 2014

bom dia pseudo-engajados
se me verem na rua desviem
não tenho assunto pra trocar
meu ódio sempre morre antes de virar doutrina
e meu pensamento quase nunca é literal;
por favor não queiram comigo competir
não sou herói nem protagonista de nada
não sou a voz dos oprimidos que não falam por si
sou mais um bobo que ri, de si, de ti,
sem nunca ter descoberto nessa vida
quem é o bem e quem é o mal;
me faltam todos os jargões da moda
pra levar a verdade em uma bandeira
nunca quis ver um mundo à minha maneira
que coubesse em minhas próprias mãos
de devaneio libertário ou liberal;
enfim, passa reto que sequer eu sou um gato
e nunca pego as menininhas no final...

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Brasil 0 x 0 Chile

Me acuerdo de un amigo chileno
que se decia boludo siempre
mientras yo me creia tan vitorioso.
Quizas sea esa la magica
de la amistad entre el tímido y el creído
que tanto me costava entender;
Aún llevo tiempo a descubrir
que grandes derrotas habian en mi vitorias
y que grandeza tiene aquel que pierde
por conocer sus limites...

terça-feira, 17 de junho de 2014

facebook

a tela
a própria tela é fria
me aborrece e esvazia
no tédio das imagens...
vai-se minha luz
e só fica a vaidade
pra postar...

segunda-feira, 21 de abril de 2014

não valeu a pena
a precisão dos dedos
conscientes de cada gesto
sem nunca deixar de se saberem

não valeu a pena
a força bruta mental
das metáforas brilhantes
de uma poesia mais que natural

no fim meu rosto sempre escureceu
e meu olhar esqueceu do que via
enquanto o peito calava em um gozo frio

nem nunca bastaram
os caminhos impensados
das novas mágicas melodias
a lamberem minha garganta louca

como nunca cessaram
os pesadelos de solidão
sob a intuição da sentença
de nunca ser suficientemente amado

no fim realizado desses grandes desejos
eu nunca te descobri meu irmão, minha amada,
meu mundo, minha paz, meu amor, eu mesmo...

domingo, 13 de abril de 2014

Funk - Comentador da Valeska

Comentador da Valeska

sou intelectual
mas também sou comedor

sou símbolo sexual
e também sou pensador

gosto demais
do popô valeska
gozo minha idéia
na boca da putaneska

sou intelectual
mas também sou comedor

sou símbolo sexual
e também sou pensador...

sábado, 5 de abril de 2014

O acelerador calçado até o fundo

O sol escaldante fervendo a lataria

Enquanto meu suor escorre  e resfria

O calor do desespero que deixo no vento

As dívidas, a cidade e o último pensamento

Tapados pela poeira vermelha no retrovisor

Sem saber do além senão a luz do sol no horizonte...


Vermelho amarelo é a chama do instante

Em que dispara a minha insurreição!
o que enfeia a mulher
não é a barriga
nem o culote
o que enfeia a mulher
é o descontentamento
é o orgulho ferido
o que desencanta a todos
é o eterno espírito competitivo
do fundo das savanas
é a necessidade de ser
sempre a mais bonita
sempre a mais desejada
é ser na fêmea alfa
a infelicidade de só viver para o outro...

terça-feira, 4 de março de 2014

aprendemos a cegar
dos rostos que nos abraçam
e dos tragos que nos adentram
nas calçadas que mal vimos;
vencemos qualquer decepção
no estímulo extremo
obsceno, conquistando enfim
a anestesia da pele;
sabemos de tudo agora
impenetráveis e certos
de que poderemos tudo
estando livres do que for;
vencemos a grande luta
matamos o amor...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

sonhei que tinha uma chance,
que me atiraria do edifício
e uma nova vida me seria dada;
outra vez extremamente inteligente
conviveria com a loucura
de se criança super-dotada;
não buscaria tanto a espiritualidade
de ser tão simples, a ponto de
não ter nenhum super-poder;
realizaria todos meus sonhos
de grande pensador, seria feliz,
com todas minhas criações;
então me levantei e fui
mas quando ía, já era outro
correndo até a beira do terraço
e desaparecendo de vista;
era uma sombra de mim
que há muito me vestia;
eram falsos desejos
eram falsas promessas
era falso eu...

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

pra ñ ficar no silencio

jamais seremos livres
nos formando por canudos, por carreiras
essa forma de estudar sem querer aprender
jamais seremos livres
trabalhando por dinheiro
essa forma de se doar por obrigação
jamais seremos livres
tentando ser reconhecidos
essa forma de ser amado sem amar
jamais seremos livres
seduzindo alguém interessante na noite
essa forma de ambição vestida de afeto
jamais seremos livres
mentindo a mentira mínima que seja
sempre uma semente de sofrimento que será colhida além
porque a mentira nunca é aquilo que mentimos
mas aquilo que somos quando mentimos:
prisões de nós mesmos
e eu me tornei um guri assustado
quando percebi que não podia mais
fazer nenhuma dessas coisas
e o medo de ficar só e sem dinheiro e sem amor
me fez voltar a mentir
e fingir que não sei disso tudo
e passar batido pelos conhecidos
como se fosse aquele antigo
tranquilo, seguro e sereno
porque ninguém quer saber da angústia de alguém
ninguém quer temer o medo de alguém
e eu até entendo, mas fico sem saber o que fazer
e agora ando pela rua
sem saber aonde vai dar
com medo de não mais me achar
desde que meu perfeccionismo ruiu
e não consegui mais fazer aquelas canções
tão perfeitas quanto hedonistas
e que me desiludi de todos meus ídolos narcisos
e agora só penso em dizer
em falar sem brilho nenhum
tudo aquilo que eu preciso que você saiba:
que eu só acredito no amor, na amizade, na ciência e na arte
que é só o que cria e faz crescer
e que eu preciso lhe contar
preciso que vc saiba
que você pense, que reflita
preciso te ajudar de alguma forma
preciso te dar alguma coisa do que tenho
e que você me ajude...

domingo, 8 de dezembro de 2013

FalCidade

que a luz de mim

faça surgir minha paz

pois quem aguenta essa cidade

quem se alimenta dessa fal-cidade


que brota do chão de cada esquina

nos sonhos teus e de toda menina...


que a chuva buena

inunde a ferida das ruas

de quem confunde amor e carência emocional

de quem sufoca tudo o que é real


de amores enlatados

apego sempre a mão

corações em atacado

solidão em promoção


luz de ti

faça surgir tua paz

pois quem merece tua vaidade

com quem escondes tua honestidade


que macha teu trage angelical

de beijo em falso, e abraço desleal


que a chuva serena

inunde as mentiras tuas

que faça lavar tua verdade

te faça enxergar a mediocridade


rosto de princesa

coração de cão faminto

refinada impureza

egoismo retinto

terça-feira, 2 de julho de 2013

***

Transbordam dos meus poros
novas impressões
e escapam dos meus lábios
novas intenções

que eu não sei de onde vêm

Confundem os meu olhos
algo além de minhas visões
e agregam-se à minha mente
outras mais que minhas razões

pra viver e ser além
do que sozinha sempre fui...

De que outra fonte luz,
sou essência nessa hora
em que tudo se amplifica
suave, de dentro pra fora,

sem que eu saiba ao certo quem?

Quero deixar o mundo espelho    
que reflete o que está dentro
e descobrir esse teu passo
pro nascer de nosso centro -

rio que nasce do além  
e engrandece enquanto flui...

quinta-feira, 7 de março de 2013

Acrobata

Você falou que nunca mais
quando as cortinas já se abriam
e eu te olhei sem entender
pensando se conseguiria

te segurar e te perder...

Você subiu sem me olhar
tão mudada e tão fria
e eu no trapézio, a te esperar
com toda força que não tinha

para saltar e te esquecer...

Braço com braço
com toda precisão
mesmo que o tempo de nossos abraços
confundisse as minhas mãos

me superei pra te erguer.

...

Saltei sobre o desespero
revirando o coração;
girando o que sentia
contorcendo a emoção

pra te encontrar e te deixar...

Lancei-me sobre a angústia
dando voltas na ilusão
me desprendendo da minha raiva
voei com técnica e razão

pra em ti tocar e perdoar...

Olhos nos olhos
com toda a concentração
mesmo que a luz de nossos dias
ofuscasse a minha visão

caí preciso por te amar.

quarta-feira, 6 de março de 2013

O Acrobata da Emoção (versão 2)


Você falou que nunca mais
quando as cortinas já se abriam
e eu no trapézio te esperei
pensando se conseguiria

te segurar e te perder...

Você saltou sem me olhar
tão mudada e tão fria
e eu então te segurei
com toda força que não tinha

para te abraçar e esquecer...

Braço no teu braço
com toda precisão
mesmo que a lembrança dos carinhos
confundisse as minhas mãos

me superei pra te erguer.

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Depois saltei sobre o desespero
contorcendo o coração;
revirando o que sentia
como acrobata da emoção

pra te encontrar e te deixar...

Voei sobre a angústia
rodopiando a ilusão
me desprendendo da minha raiva
com toda técnica e razão

pra em ti chegar e perdoar...

Olhos nos olhos
com toda a concentração
mesmo que a luz de nossos dias
ofuscasse a minha visão

cai preciso por te amar.

terça-feira, 5 de março de 2013

Sobre o Ódio

Não são os falsos, os mau-caráteres, os idiotas a quem odiamos...
e sim aos espelhos que neles encontramos.
O ódio é um elo de identificação!


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O ódio é um abraço de fogo
que queima os abraçantes.
Quem quer distância de quem o faz mal
deve começar com o perdão.