Dos meus sonhos me livrei;
De ilusões me redimi;
Estive atento enquanto andei,
e do passado me despedi.
Já não canto devaneios,
nem insisto em minhas crenças;
Já domino meus receios
sem fazer-me desavença.
Faço ouvir a intuição
sem me arrogar conhecedor;
Não me apego ao pó do chão,
e sou atento à minha dor.
Vou vivendo minha essência
e sentindo a realidade;
Resgatada minha inocência,
ganho as rugas da idade.
Assim propago o meu brilho
sem sonhos que fogem do mundo;
Da mente já me desvencilho
e em sentimentos não me afundo.
E o que faço então, agora,
sem o excesso e o abalo?
Dói essa paz que me aflora
Se a sinto e apenas calo...
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