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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Na Tailândia, na China, na África ou no Brasil, os pobres da rua tem a cor da própria terra, ou mesmo da terra primeira, a africana. São eles que estão do lado de fora das escolas e dos super-mercados. O estrangeiro ocupou suas terras, suas casas, seus braços, suas palavras e sua identidade. O nativo é de um costume, de um idioma, de uma cultura, de uma geografia, de uma comunidade, que fica à margem das rodovias, nas praças que ninguém usa, e comem o lixo que foi descartado.  O estrangeiro é de uma lei, de um mercado, de um número de registro, de uma instituição, do estado!, e a democracia neoliberal é a grande festa construída com a miséria, a matéria dos pobres, uma festa que se auto-intitula nação. Na verdade, todos esses pobres, eles não são tailandeses, nem chineses nem africanos, e eu jamais vou ser brasileiro.

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