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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Perdida a melhor das conjunções que já vivenciei

Na última semana o céu possibilitou uma fantástica conjunção em minha Carta Natal: o Sol, que anda pela minha casa 4, aspectava harmoniosamente com a Lua que passava pela minha casa 8. Além disso, nesse ano, meu ascendente é Escorpião, e meu sol é de casa 12, no mesmo signo. Eis o quadro que me propiciou por cerca de uma semana a capacidade de resgatar e transformar condicionamentos nunca antes acessados. Era período excelente para manter-me isolado, meditando, possibilitando transformações pessoais.
Há um Eu, tenho um Eu, que é o que está questão, e que é um megalomaníaco que viveu no império da Macedônia. Guerreiro e estudante incansável: era um obsessivo algoz do próprio corpo e desejos. Se não sou mais lúcido quanto a determinados problemas que enfrento desde o início da minha vida, devo isso a esse grande-guerreiro-líder-pequeno-homem-infantil que me habita, que me condiciona desde dentro como matéria inconsciente atrelada aos meus desejos e percepções de mundo. Mas eis que a regressão pedia passagem, um volume gigantesco de matéria inconsciente batia à porta da consciência, e eu jogava futebol. Ante a certeza de que me urgia estar só, eu não soube simplesmente ir embora, um pouco por fraqueza de espírito e outro pouco por não saber que a citada conjunção terminava naquele mesmo dia. Eu já vinha colhendo bons resultados, havia feito algumas regressões, mas na maior e mais significativa de todas as regressões, eu fui jogar futebol sabendo que isso não devia ser feito, e esquecido de aquela seria a última oportunidade desse ciclo de transformação pessoal.
Então existem outras questões subjetivas por trás de tudo isso, algo não me deixou tomar a atitude correta, e já comecei a cuidar disso. Mas a questão é: Me parece impossível ter outra oportunidade de tamanha grandeza, e estou completamente decepcionado. Desperdicei uma chance incrível pela falta de capacidade de me pronunciar ou mesmo tomar uma atitude sem maiores explicações. A tesmpestade não caiu como sempre cai quando dou passagem ao fluxo da natureza que transpassa meu próprio ser, e acho que ontem desperdicei a chance de transcender 2.500 anos de subjetividade própria.

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